sexta-feira, 4 de julho de 2025
Da lua cheia II
sob a lua cheia
o poeta anda com o peso da existência nos ombros
sob a lua cheia
o poeta chora porque a dor se fez adaga afiada
e perfura-lhe sem piedade
sob a lua cheia
o poeta ergue os braços buscando acolhida de um abraço
sob a lua cheia
o poeta desenha andanças no chão da sua aldeia
e percebe que a lua anda pelo céu da cidade
sob a lua cheia
lua andarilha, poeta andarilho
sob a lua cheia
o poeta encontra outra lua de carne e osso
bailarina da princesa do norte
sob a lua cheia
o poeta canta uma canção e adormece.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário