domingo, 1 de novembro de 2015

Ainda há






no meio do caminho
no meio do mês
penso  no poeta itabirano
que não deixa exausta
as minhas retinas
que não esquecem
que ainda há no meio do caminho
uma pedra num silêncio que grita
gerando poesia. (06/08/15)


Visão






olho a porta aberta
o sol se estica pelas ruas
dourando nossos caminhos
que não ocultam os nossos rastros
nem a memória das nossas andanças. (11/08/15)








Budi mi blizu





Para Mia Dimšić

Estás perto de mim
Apesar das tuas distâncias
Estás perto de mim
Nos versos da tua canção
Estás perto de mim
Quando olho teus retratos
Estás perto de mim
Nas memórias que teço de ti
Estás perto de mim
E nem precisas me ter por perto
Estás perto de mim
Porque meu desejo perdura
No tempo que passa
Estás perto de mim
Até que finde o que eu sinto por ti. (15/10/15)

Nuca branca





nuca
nunca
sorrir
exibe
caminhos
que
findam
no
caminhador
ou
não
nuca
nunca
é
o
bastante
diz
o
olhar
faminto
do
poeta
a
nuca
branca
que
não
lhe
sai
da
memória. (29/10/15)