encostaste
as virilhas no meu cotovelo esquerdo
enquanto
passavas por mim no corredor do ônibus
virilhas
quentes tu tens
virilhas
sob o jeans azul
virilhas
ardentes ficaram na minha memória
avolumando
os meus pecados. (29\11\23)
encostaste
as virilhas no meu cotovelo esquerdo
enquanto
passavas por mim no corredor do ônibus
virilhas
quentes tu tens
virilhas
sob o jeans azul
virilhas
ardentes ficaram na minha memória
avolumando
os meus pecados. (29\11\23)
transeuntes
calçadas
andanças
olhares
indiferença
cidade sob
o sol
presépio
todo dia
sob o céu
no tempo
que passa
no
presépio permanente
na urbe
que não ver. (30\11\23)
eu canto
para me consolar
meu grito
é um protesto
meu poema
é a minha forma de fazer justiça
eu canto
eu grito
e ao parir
meus poemas pela cidade
vou-me
completo
sendo
negro com os negros
e pobre
com os pobres
para que
minha cantiga os anime
e o meu
grito não os deixe dormir
por muito
tempo. (07\12\23)