sábado, 1 de dezembro de 2012
Contemplação
Caminhos
Os sinos dobram
Fênix mascarada
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Onde estou
Rememoração
Quitação
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Virtualidade
Em nós
Meu querer
Sabor
Aline Abreu
Enigmas escorrem nos caracóis dos seus cabelos
sábado, 1 de setembro de 2012
Sua presença
Para Inês Mara da Silva
Vi-lhe
Viste-me
Não pensei que virias a mim
Não pensei que me darias um abraço
Não pensei que seu cheiro ficaria em mim
Reclamando sua presença
Vi-lhe
Viste-me
E agora?
Não posso atravessar a rua
Estou repleto de desejos
E o meu olhar segue-lhe
Até sumires no caminho. (19/08/12)
Brincadeira
Cobrança
Para (Re)beca Sales Viana
Abraçaste-me tanto que fiquei sedento de ti
Abraçaste-me tanto que ficaste no meu corpo
Feito tatuagem
Abraçaste-me tanto que seu cheiro ficou em mim
Aguçando lembranças
Abraçaste-me tanto mas não saciaste os meu desejos
Abraçaste-me tanto mas foste embora
E não me levaste contigo. (27/05/12)
Receio
Para Eveline Linhares
Vejo trilhas no seu corpo
Invejo o artista que as bordou em ti
Desejo segui-las pois sei o que encontrarei
Receio não ser aceito na jornada
Receio não findar a travessia
Receio não ver a jóia que ocultas entre as pernas
Por isso olho-te mais uma vez
E me vou levando na memória
Os rastros que não porei os pés... (30/08/12)
Sempre seu
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Seu sorriso
Andariho
Recusa
Engoliste minha voz
Destinei-lhe mímicas
Mandaste-me ir embora
Fui-me com a dor da recusa
Impressa na alma. (04/05/12)
domingo, 1 de julho de 2012
Tentativa
Fizeste festa em minha vida
Mas foste embora
Não deixaste nem a música terminar
Deixaste a dança incompleta
Outras festas perturbavam tua memória
Outros homens te chamavam
Chamei-te também
Não podias me obedecer
Pois ainda estavas submissa
Ao teu passado. (15/04/12)
legado
Princesa do norte não és mais nobre
És apenas uma princesa
Que guarda nas tuas foças nasais
Os bons cheiros da infância
Cheiros que não voltam mais
Quando voltam se aquietam em tuas memórias
Não alcançam as tuas ruas fétidas
Oh! Princesa do norte.
O lixo engorda os paralepípedos
E o odor se estica pela urbe
Ondeia no ar
Desafiando o vento que não consegue
Lhe dar outro destino. (17/06/12)
Moldura
Para Fernanda Guerra
Imagino-te numa moldura
Com esses cabelos soltos
Com esses ombros nus
Com essa luz solar bordando sombras
Na sua face
Imagino-te no meu quarto
Preenchendo a moldura
Deixada pelos meus ancestrais
Imagino-te em todas as molduras dos cômodos dessa casa
Fazendo-me recordar sempre de ti . (02/06/12)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Enigma
Incluído
terça-feira, 1 de maio de 2012
Ao tempo
O tempo passou
Levou meus sonhos e as mulheres nuas
Que me possuíam sem pudor
Deixou em mim noites intermináveis
Com pesadelos certeiros
E uma forte convicção da sua existência. (05/04/12)
Em companhia I
Em companhia II
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Uno
Prendi meu rabo ao seu
Nunca mais reclamaremos de solidão
Onde eu for
tu irás
Onde fores tu
Irei eu
Seremos uno
Na diversidade do nosso amor.
Visão
Para Irene Neres
Tu passas por mim
E não me vês
Fico a olhar seu cabelos soltos
Que se alongam nas suas costas
Fazendo-me visualizar
A menina que foste
Na mulher que és.
Pleonástico
Vou me guardar em mim
Pois já sei o que é sofrer
Serei minha própria companhia
Até o tempo se esgotar fora de mim.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Cumplicidade
O sol se desliza nas calcinhas
Penduradas no varal
Secando no tecido as memórias
Que imploram por silêncio. (11/02/12)
Teu andar
Fico a olhar o teu andar
Suas nádegas dançam
É uma coisa linda de se ver
Meu olhar atento segue-lhe
Até sumires no caminho. (12/02/11)
Dilemas
Aos mortos não interessa
O tempo que passa
O vento que inquieta as folhas das árvores
A memória que busca novas lembranças
As mudanças que se fazem entre os homens
As lágrimas que ficaram
O que não foi realizado
A mulher de preto
O retrato que ficou na parede
O último beijo
O que ficou por se dizer
A solidão vivida
O grito que se calou na garganta...
Esses dilemas da vida só pertencem a nós
Os degredados filhos de Eva
Aos mortos só interessa
O silêncio e a indiferença.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Vício
Quando terminarei de morrer?
Não me responda
Não pretendo saber
Apenas indago
Enquanto o tempo passa
Pois me viciei nisso. (08/04/11)