sábado, 1 de fevereiro de 2014

Lirismo despudorado



Estou farto do lirismo comedido *
Que me venha o lirismo despudorado
Me sondar a alma
Escorrer nos meus versos
Fazendo-se poesia
Esticando-se no varal
Que se alonga pela cidade
Que esse lirismo despudorado
Me liberte
Invada as casas
Os campos
Dançando no ar
Se ocultando nas narinas
Das mocinhas católicas
Que me depreciam aos sábados.

Verso inicial de Manuel Bandeira * (08/11/13)


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