segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Denodo


A Inocêncio de Melo Filho


As bocas falam o que não querem.
Dos ouvidos presume-se que não ouçam.
Mas o poeta com seus óculos de ver o invisível
Ostenta desavergonhada forma
De contorcer a compreensão de outrem.
Desvirtua a realidade,
Desfaz os grandes feitos
E brinca de maneira que mortal nenhum jamais ousaria.
Não que seja um deus ou demônio malfazejo,
É antes um pequenino que vive eternamente a sua infância.

Manoel Messias

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