Para o índio Galdino, assassinado em Brasília.
Minha terra tem palmeiras
Ainda canta o sabiá.
Raia o dia ergue-se o poeta.
Alegrias escassas é o que temos cá.
Minha terra tem índios
Escassos como as alegrias.
Chora o açum preto
Chora o sabiá
Chora este poeta do ceará.
Minha terra tem palmeiras
Não gorjeiam, pois são palmeiras.
Aqui, ali e acolá
Alegrias escassas é o que temos cá.
Inocêncio de Melo Filho
(22/04/97)-Sobral-Ce.
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