sábado, 13 de setembro de 2025

De um sopro de Djavan



o sol dobra a esquina, baby…
estas reticências omitem a continuidade do verso?
estas reticências calam a voz para que o silêncio fale?
estas reticências se deixam dizer ou se calam?
baby a esquina não é uma linha reta
e só eu sei quantas conheci sob o sol. 

Clamare



sirvo-te desde minha juventude, oh inspiração!!
vinde a mim, os meus leitores estão a cobra-me poemas
tenho dito a eles que tu me abandonaste
deitei nos versos o que me davas
segui teus comandos, silêncios e fúrias
vinde a mim, oh inspiração!!
transformai em poesia a borboleta transparente
que prendia o cabelo de uma dama que eu vi distante
e ainda está na minha memória
vinde inspiração, vinde!!

No olhar matinal do poeta que amanhecia o novo dia



nesta manhã de 7 de setembro de 2025
o sol amanheceu com cara de lua cheia
vi a lua sobre o sol
sol e lua bem fundidos
tal qual a+a gerando crase
vi a lua cobrindo o sol
a lua e o sol numa foda intensa
vi-os nas alturas celestiais
e eu amanhecia na longa estrada
sobre uma bicicleta.