quinta-feira, 1 de junho de 2017

Poema direto II

mala vai
mala vem
só a minha que não vem
quando virá minha mala sem mistérios?
Minha mala nada oculta
quase tudo guarda
o que se oculta não é dinheiro
no bolso do meu terno dileto
o que se oculta é a amante que não tive
que me foi dada nua em fotografia
quando abro a mala ainda vejo
seu corpo em preto e branco
encostando-se nos poemas que abandonei.(26/05/17)

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