terça-feira, 1 de março de 2011

transfiguração



A bolsa de Joelma

Aquietou-se no centro da mesa

E se transformou numa galinha

Para que as mãos curiosas

Não lhe sonde as entranhas.

Sempre contigo


Deixei na memória da sua nuca

Meu último beijo

Deixei na memória da sua nuca

Meu último poema

Deixei na memória da sua nuca

Meu desejo de continuar contigo

Deixei na memória da sua nuca

Meu desencanto

Deixei na memória da sua nuca

Meu silêncio que grita

Deixei na memória da sua nuca

Meus lábios e suas angústias

Deixei na memória da sua nuca

Minha mordida mais dileta

Deixei na memória da sua nuca

Minhas fantasias mais significativas

Deixei na memória da sua nuca

Todos os meus Eus

Para que fiques sempre comigo

Embora não me desejes... (06/01/2011)

Metades


A bolsa e a mulher

A mulher e a bolsa

Seguem os mesmos caminhos

Ocultam os mesmos enigmas

A bolsa e a mulher

A mulher e a bolsa

Faces e facetas

Metades que se completam

No universo do ser

E das coisas.