sábado, 1 de dezembro de 2012

Contemplação




Olho-me no espelho
Não sou mais sereno
Não sou mais jovem
Perdi meu olhar dileto
Minha face não oculta que tudo passou
Um novo tempo habita meu corpo
Convicto da transitoriedade. (27/10/12)


Caminhos






Os sinos dobram
Caminho para a morte
Penso em ti
Muitas coisas passam por mim
Passo por muitas coisas
Detenho o que desejo nas mãos?
Nem sempre
Os sinos persistem
Para quem estão a dobrar?
Sigo meu caminho que se alonga
Aquietando no coração essas indagações. (08/11/12)

Fênix mascarada





Sou frágil mas sou macio
As vezes envergo
Mas não me deixo quebrar
Refaço-me sempre das minhas cinzas
E me vou com as máscaras que recolhi nas estradas
Hei de usá-las enquanto viver
Para que minha dor não seja notória. (26/10/12)