segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Drummondiando

Nenhum anjo torto

Mandou-me ir ser gauche na vida

Ouvi minha voz imperativa

E fui-me.

Alusão à Drummond

Não tenho armas

Mas posso me revoltar

Tenho mãos

Farei os ventos moverem

Os moinhos e a história...

Resistência


A morte não me quis

Destinou-me aos meus afetos e desafetos

Para que minha sina persista

E a minha luta não se esgote

Entre os mortais. (07/04/10)

Cativo




Maltratam-me seus olhos verdes

Não me olhes mais

Se não me queres

Deixe-me ir com o vento

Levando na memória os olhos teus. (10/04/10)

O poema


Não faça mungangos

Não torça o nariz

O poema não fede

Nem cheira

O que exala fedor

É o papel que o acolheu. (24/05/10)

Domado





Perdi meu tempo
Mas a vida ainda reina em mim
Orientando caminhos
Que se fazem nas minhas veias
Domadoras da fúria
Do meu sangue. (20/07/10)