segura-o na parede
conta uma história
como se fosse um livro
um prego no espelho
sem moldura
fica alto do chão
um prego no espelho
brilha como se fosse um olho
vendo tudo envelhecer diante de si. (19\02\24)
encostaste
as virilhas no meu cotovelo esquerdo
enquanto
passavas por mim no corredor do ônibus
virilhas
quentes tu tens
virilhas
sob o jeans azul
virilhas
ardentes ficaram na minha memória
avolumando
os meus pecados. (29\11\23)
transeuntes
calçadas
andanças
olhares
indiferença
cidade sob
o sol
presépio
todo dia
sob o céu
no tempo
que passa
no
presépio permanente
na urbe
que não ver. (30\11\23)