domingo, 1 de março de 2015

Rotina






O papel
a brancura
o silêncio
o poeta
diante
do papel
que não se escurece
com as sombras
das letras
concluindo versos
para a poesia
tão esperada
o papel
o poeta
o tempo passando
entre rascunhos
quietos na lixeira
o poeta
o fim do dia
finda-se a busca
e a espera
vence o sono. (26/02/14)

Herança da pedra











Para Denis Melo

No meio do caminho tinha um morcego
O poeta não o viu no  caminho escuro
Pisou-o com sua sandália franciscana
Foi-se mordido na companhia da dor
Para o hospital
Madrugou por lá
Sem o consolo das ninfas. (01/03/15)

Cativado







Quando me abres esse sorriso
Nada mais me importa
Tudo fica lindo
A cena é só sua
Entrego-me aos seus domínios
E a luz do seu olhar. (02/08/12)