quarta-feira, 1 de março de 2017

Na minha voz



e o silêncio de uma lápide que ninguém  lê
guardo- o na memória
apossei-me dele
vou ao seu encontro todo ano
afago-o com os dedos
deito-o na minha voz
que o lança no  ar do campo-santo
há outros silêncios por lá
preces,lágrimas,saudades no ar
minha voz da lápide
aquieta-se sem vez. (22/12/16)

O verso inicial é de Mario Quintana




Nenhum comentário:

Postar um comentário