as feridas da alma não saram
fazem uma pausa no grito
o clamor se rende ao silêncio
ordenado pelo tempo
uma fala
uma ideia
um gesto
uma lembrança
uma insinuação…
finda o pacto
e o peito abre-se outra vez bem mais feroz
revelando uma dor acumulada.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Novo poema
na fia
eu espero
na fila
eu fico exausto
na fila
eu exercito as panturrilhas
na fila
eu rezo
na fila
eu busco a poesia
na fila
eu a encontro latejando em uma mulher
na fila
eu estou a parir um novo poema.
eu espero
na fila
eu fico exausto
na fila
eu exercito as panturrilhas
na fila
eu rezo
na fila
eu busco a poesia
na fila
eu a encontro latejando em uma mulher
na fila
eu estou a parir um novo poema.
Enquanto vivo entre os mortais
vou nem sempre de mãos dadas
se alguém me destina a mão, agarro-a
se não tenho amparo ergo-me e me vou
a solidão não me assusta
tenho-a junto a mim desde minha geração no ventre
companheira na vida e além da vida?
conto comigo enquanto vivo
enquanto morro
até a última respiração.
se alguém me destina a mão, agarro-a
se não tenho amparo ergo-me e me vou
a solidão não me assusta
tenho-a junto a mim desde minha geração no ventre
companheira na vida e além da vida?
conto comigo enquanto vivo
enquanto morro
até a última respiração.
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