terça-feira, 28 de janeiro de 2025

No poema

 A poesia está no teu corpo branco


A poesia está nos teus cabelos amarrados

A poesia está na estampa das tuas pernas

A poesia está no meu olhar que te segue

E quase a perdeu de vista

A poesia está na distância que nos separa

A poesia está no teu rosto que eu não guardei na memória

A poesia está no teu nome que eu não sei

E no tudo que tu és que eu desconheço

A poesia está nos teus enigmas

A poesia está neste encontro que só eu confirmo

Neste novo poema. 

Visível



Recebo uma nova idade neste dia 18\05\23

Num tempo que passa

Na vida que finda

Na presença da morte que reina no mundo

Recebo uma nova idade e mais velho estou

Tenho muito para dizer por que vivo entre a cruz e a espada

Vivo entre o bem e o mal

Sendo santo e pecador

Recebo uma nova idade com alegria

Me conduzo numa bicicleta para outra cidade

Exibindo-a visível no meu corpo

Que está ficando antigo.

De uma das linhas de Flora Figueiredo

Permita-se doer de dor bonita


há tantas dores feias por aí

que esta dor nos faça cantar

porque já chorei demais

permita-me amiga doer com essa dor

que tu me trazes no teu poema

tão rara em nosso viver. 



O primeiro verso é de Flora Figueiredo