
Para Roberto Piva
A morte ceifa meus diletos
No final o que sobrará?
Uma parede repleta de retratos
Retratos repletos de memórias
E molduras exibindo lágrimas
Resistentes ao vento
E ao tempo. (05/07/10)
Eu sou um pobre-diabo
Porque tu não me acolhes
No teu corpo
E nem me queres entre os teus braços
Próximo dos teus lábios.
Esta é a convicção que tenho
E o discurso que faço para mim mesmo
Diante do espelho. (05/08//03)
Os sinos dobraram
Não os escutei
O sono venceu o cansaço
E a minha ida ao templo. (09/05/10)
Para Danyhele
Bocas na mira
O beijo não veio
Nem foi
Ficou o desejo desenhado
Nos meus lábios.(04/05/10)
Eu sou poeta
Funcionário público e pai de família.
Já fui o herói dos meus pimpolhos
mas o enredo se transfigurou.
A nova trama me assusta
Perdi o domínio do texto
e minha voz se perdeu no barulho.
O tempo me diz que é assim mesmo.
Subsistir é o princípio
para que se alcance o final da história. (12/06/10)