terça-feira, 1 de outubro de 2013

Temática




A matéria ocupa lugar no espaço
Incomoda
Pesa
Transita no caos
Dos mortais
Fica exausta
Entre nós
Rende-se à lei da gravidade
E se despenca no ar
Até desocupar o espaço
Que julgava possuir. (22/09/13)

Rival















Para Joyce Mesquita

Falaste-me  mais nada entendi
Porque o vento enciumado
Levou sua fala para longe de mim
Fiquei a olhar-te guardando na memória
O que li nos seus lábios. (20/12/12)



Desejo













Estou sentado no banco da praça
Querendo paz
Apenas paz
Seu colo nem desejo
Escorrer entre suas pernas
Nem pensar
Repousar a cabeça no seu peito
Até que seria bom
Mas eu quero é paz
Que não está em ti
Nem em mim
Por isso me deixe aqui
Com esse desejo de ficar só. (14/09/12)


Meu refrão




Eu amo porque amo
Fiz desse termo meu refrão dileto
Já o sabes de cor
E o vento persiste em reiterá-lo
Nos seus ouvidos. (17/08/12)

O que me prende aqui?





Portas e janelas estão abertas
Posso fugir
Não consigo passar por elas
O que me prende aqui
Se meus pés não estão presos a este solo?
O que me prende aqui se não me queres mais?
O que me prende aqui se rasgaste os versos que te dei?
O que me prende aqui se portas e janelas me mandam ir embora?
Tento edificar outra indagação
Mas me vem a voz do vento e me silencia
Aquieto-me com meus escritos rasgados e me vou
Com o vento que não me deixa mais falar. (11/08/12)